Economia de Serviços

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O mundo é digital: e é pra lá que eu vou

Eu sei, parece que a administração pública do Brasil não percebeu o potencial da tecnologia na melhoria da gestão e da qualidade dos serviços prestados à população. E olha que começamos bem: em 2003, estávamos em 41º no ranking de governo digital da Organização das Nações Unidas e chegamos a 33º em 2005. Infelizmente, nos perdemos em algum lugar pelo caminho e caímos até a 61ª posição em 2010. Em 2016, subimos um pouquinho e chegamos a 51ª, ufa!

Já nós, cidadãos brasileiros, invadimos o mundo digital. Somos o 4o maior país do mundo em número de usuários na internet. Conhecidos como early adopters de redes sociais, não resistimos a uma novidade.

Mas não foi só o governo que ficou para trás nessa história.

A vanguarda ficou do lado de fora da porta do trabalho. Inicialmente, nem o setor público nem o privado deram prioridade para a transformação digital e a inovação. O IBGE já mostrou que somente cerca de 35% das empresas investem em novos bens ou serviços ou na melhoria dos processos no Brasil.

E o mais curioso, eu costumo dizer, é que o desafio da transformação digital não é tecnológico, e sim conseguir reunir os diversos – e muitas vezes repetidos – esforços da sociedade e do governo para que o País esteja melhor preparado para aproveitar as oportunidades que a economia digital vem proporcionando.

Acredito que boa parte dos gestores públicos concordam que a tecnologia se tornou o motor do serviço público e que a transformação digital promove economia e simplificar a vida dos cidadãos brasileiros.

Hoje, entre outras conquistas, destaco o Processo Eletrônico Nacional (PEN), o portal de Serviços, o Login único e o caçula Documento Nacional de Identidade (DNI), ainda em piloto. Estes são componentes da Plataforma de Cidadania Digital, a partir da qual estamos acelerarando a transformação de serviços e de políticas públicas.

Desde o 2o semestre de 2017, lançamos 41 serviços públicos em ambiente digital, que  apresentaram redução da ordem de 90% no custo para o estado e para o cidadão. Parece promissor, mas ainda estamos muito longe de onde queremos e podemos chegar.

Primeiro é preciso ter em mente que a burocracia no setor público acaba por prejudicar as pessoas que mais precisam. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) fez um levantamento na América Latina e revelou que, em média, um quarto dos serviços públicos requer três ou mais interações, às vezes presenciais, até ser concluído.

Dá para imaginar o tanto de dinheiro, tempo e paciência que os cidadãos perdem por ano porque um serviço não foi modernizado? São passagens de ônibus, combustível, ligações telefônicas, preenchimento de formulários e tempo gasto em filas.

Até o ano passado, os jovens brasileiros de 18 gastavam R$ 118 milhões por ano para fazer o Alistamento Militar Obrigatório. Depois da transformação digital, o alistamento é feito pela Internet, e a presença do jovem só é necessária se ele for realmente servir. Além disto, para o governo, reduzimos a despesa em R$ 180 milhões por ano. Viu como dá para melhorar?

O Censo de Serviços Públicos, realizado pela primeira vez em 2017, revelou que menos de 40% de todos os serviços públicos prestados pelo Governo Federal são digitais. Ou seja, temos mais de mil serviços que devem ser transformados para efetivamente comemorarmos a virada.

Por fim, segundo a Accenture, a cada 1% de crescimento na digitalização do governo, crescerá 0,5% o PIB do país, 0,13 o IDH, 1,9% o comércio internacional entre diversos outros benefícios menos tangíveis. Ou seja, o desafio é grande, mas ainda maior será a recompensa: quem está comigo?

 Luis Felipe Salin Monteiro é Secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, responsável pelo processo de transformação digital do governo federal. É Mestre em gestão de tecnologia da informação pela Universidade Católica de Brasília e pela Fundação Getúlio Vargas, com graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Maria.

Boletim de Serviços – Fevereiro de 2018

O Boletim de Serviços de fevereiro de 2018 está no ar, clique aqui para acessá-lo. Alguns dos destaques:

  • O volume do setor de serviços apresentou crescimento de 0,9% em dezembro de 2017 na comparação anual, com destaque positivo para os serviços tradicionais (4,4%).
  • A inflação de serviços acumulada em 12 meses apresentou queda no mês mas seguiu alta, em 5,1% em janeiro de 2018, consideravelmente acima do IPCA geral (2,9%).
  • O setor de serviços apresentou resultado negativo na geração líquida de emprego, tendo destruído 176,7 mil novas vagas em dezembro, com destaque negativo para os serviços de custo (170,3 mil vagas criadas).
  • A balança de serviços seguiu apresentando déficit no mês de janeiro, de US$ 3,3 bi.

Para acessar a metodologia e as séries históricas em excel, acesse: https://economiadeservicos.com/boletim.

Boletim de Serviços – Janeiro de 2018

O Boletim de Serviços de janeiro de 2018 está no ar, clique aqui para acessá-lo. Alguns dos destaques:

  • A receita nominal do setor de serviços registrou contração de 4,1% em outubro, enquanto o volume de atividades contraiu 1,5%, na comparação anual
  • A inflação de serviços acumulada em 12 meses foi de 5,8% em novembro
  • O emprego no setor de serviços apresentou saldo positivo, com a criação de mais de 38 mil vagas, principalmente no setor de serviços tradicionais
  • As exportações de serviços registraram um aumento de 3,3% na comparação anual, enquanto as importações cresceram 13,3%
  • O IDE em serviços apresentou variação positiva de 17,7% na comparação anual

Para acessar a metodologia e as séries históricas em excel, acesse: https://economiadeservicos.com/boletim.

Boletim de Serviços – Novembro de 2017

O Boletim de Serviços de novembro de 2017 está no ar, clique aqui para acessá-lo. Alguns dos destaques:

  • O volume do setor de serviços registrou queda de 2,7% em setembro na comparação anual, com destaque positivo para os serviços tradicionais (10,0%).
  • A inflação de serviços acumulada em 12 meses seguiu alta, em 5,7% em outubro, consideravelmente acima do IPCA geral (2,7%).
  • O setor de serviços seguiu apresentando resultado positivo na geração líquida de emprego, tendo criado 47,2 mil novas vagas em outubro, com destaque para os serviços de custo (44,4 mil vagas criadas).
  • A balança de serviços seguiu apresentando déficit no mês de outubro, de US$ 2,7 bi.

Para acessar a metodologia e as séries históricas em excel, acesse: https://economiadeservicos.com/boletim.

Boletim de Serviços – Outubro de 2017

O Boletim de Serviços de outubro de 2017 está no ar, clique aqui para acessá-lo. Alguns dos destaques:

  • O volume do setor de serviços registrou queda de 3,0% em agosto na comparação anual, com destaque positivo para os serviços tradicionais (3,0%).
  • A inflação de serviços acumulada em 12 meses seguiu alta, mantendo-se em 5,3% em setembro, consideravelmente acima do IPCA geral (2,5%).
  • O setor de serviços seguiu apresentando resultado positivo na geração líquida de emprego, tendo gerado 17,1 mil novas vagas em setembro, com destaque para os traditional services da classificação da OCDE (23,3 mil vagas criadas).
  • A balança de serviços seguiu apresentando déficit no mês de junho, de US$ 2,9 bi.

Para acessar a metodologia e as séries históricas em excel, acesse: https://economiadeservicos.com/boletim.

O que os últimos resultados do PIB apontam

Na última semana, o IBGE divulgou os resultados mais recentes do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. Como foi bastante noticiado, ao apresentar dois trimestres consecutivos de crescimento positivo, a economia brasileira saiu oficialmente da recessão, depois de dois anos.

Apesar da boa notícia, o crescimento modesto (0,2% em relação ao primeiro trimestre) não foi uniforme. O setor de serviços, responsável por quase 75% do PIB, foi o que registrou maior crescimento trimestral – 0,6% – com destaque para o segmento de comércio (1,9%). Esse resultado foi puxado principalmente pela volta do crescimento do consumo das famílias (1,4%), fruto da queda do desemprego e de uma maior estabilidade do rendimento médio real da população.

Ainda no setor de serviços, outros segmentos além do comércio mostraram crescimento positivo no período, também puxados pelo aumento da demanda interna: Atividades imobiliárias (0,8%); Outros serviços (0,8%); e Transporte, armazenagem e correio (0,6%). Geram preocupação os segmentos de Serviços da informação (-2,0%); o setor público (-0,3%); e Intermediação financeira e seguros (-0,2%). Todos estes segmentos apresentaram queda de atividade com relação ao primeiro trimestre.

Além desses segmentos, preocupam também o crescimento nulo da agropecuária (após um primeiro trimestre atípico) e o resultado negativo da indústria (-0,5%) (após um primeiro trimestre positivo), além da quarta queda consecutiva do investimento (Formação bruta do capital fixo) (-0,7%), o que pode gerar restrições no crescimento futuro.

Em suma, há motivos para acreditar que o pior da crise já passou, mas também não faltam razões para se preocupar. Para além das questões conjunturais, é preciso pensar em meios de tornar a economia brasileira definitivamente mais competitiva e menos sujeita aos “voos de galinha”. Preparar as novas gerações para as habilidades do século XXI e colocar os serviços e os desafios da economia digital no centro dos debates será fundamental para isso.

 

Boletim de Serviços – Agosto de 2017

O Boletim de Serviços de agosto de 2017 está no ar, clique aqui para acessá-lo. Alguns dos destaques:

  • O volume do setor de serviços registrou queda de 2,1% em junho na comparação anual, com destaque positivo para os serviços tradicionais (-5,4%).
  • A inflação de serviços acumulada em 12 meses registrou aumento, chegando a 5,3% em julho, consideravelmente acima do IPCA geral (2,7%).
  • O setor de serviços foi o que apresentou o resultado mais positivo na geração líquida de emprego, tendo criado 15,1 mil novas vagas, com destaque para os serviços para empresas (14,5 mil vagas criadas).
  • A balança de serviços seguiu apresentando déficit no mês de junho, de US$ 3,2 bi.

 

Para acessar a metodologia e as séries históricas em excel, acesse: https://economiadeservicos.com/boletim.

A inovação na Nova Economia

A inovação é inerente à natureza humana. Entretanto, como qualquer processo de mudança, causa incômodo.  Em muitos casos, a inovação é vista mais pelo lado pessimista do que pelo otimista, com imagens de máquinas ocupando o lugar dos humanos nos processos produtivos, de concentração extrema de renda, entre outros. E, quanto mais rápida é a mudança, mais complicada é a previsibilidade sobre o resultado final.

Surge, então, uma vasta literatura que tenta explicar os efeitos dessa revolução tecnológica que presenciamos atualmente, cujo escopo e a velocidade de implementação apresentam-se extremamente intensos. Em especial, observa-se que, cada vez mais, os serviços têm agregado valor a produtos e até mesmo a outros serviços. Nesse cenário, o grosso do valor, numa cadeia de produção, tende a ser adicionado mais pelo setor de serviços do que pela indústria de transformação (“velha economia”). Vamos chamar esse processo de “nova economia”.

A nova economia tem como ponto de partida as grandes plataformas, empresas de criação de aplicativos, lojas virtuais e profissionais analíticos de big data, formando um mundo novo e de espantosa capacidade de crescimento e transformação. Mas analisar o resultado das mudanças é enxugar gelo. É preciso acalmar o ânimo com as novidades e tentar entender o processo que explique essas mudanças. Seria a nova economia uma exceção à Lei dos Rendimentos Decrescentes? Improvável.

Na verdade, essa nova economia representa, essencialmente, uma mudança no padrão de consumo e não no padrão de produção, que ainda se encontra inserido na velha economia. Nesta, as firmas procuram otimizar seus bens de produção, aumentando a produtividade (por meio da formação de cadeias globais de valor, investimentos em tecnologia de produção, otimização de mão-de-obra etc.). Via competição de mercado, a empresa ofertará o menor preço para obter o maior número de consumidores.

Já a nova economia apresenta a oferta qualificada como diferencial de conquista do consumidor, considerando o preço como já dado (igualmente à velha economia, mas visando a qualificação do consumidor e não da produção). Esse processo envolve elevada sofisticação de análise de dados e, para tanto, foram criadas empresas para atender esse mercado. Afinal, em um nicho novo, os primeiros entrantes tendem a ganhar as maiores margens.

O problema é que a tendência criada pela nova economia obriga as firmas a utilizar os serviços desses primeiros entrantes, em especial no que diz respeito às plataformas massificadas (commodities digitais), seja para venda, soluções de tecnologia ou geração e disponibilização de informações. Como essas plataformas são massificadas, dificilmente há um diferencial relevante entre todas as firmas que também farão uso delas. Atuar nessas plataformas tende a apenas garantir a sobrevivência dessas firmas via migração do consumidor para a “novidade personalizada”. Pense no caso das pequenas empresas que vendem em grandes plataformas como a Amazon ou o Mercado Livre: há poucas diferenças entre um ou outro vendedor.

A tendência natural é que haja maior concentração entre empresas que tenham capacidade de entrar na nova economia e necessitam de escala para utilizar as plataformas. Contudo, isso não necessariamente irá representar maior ganho de resultado para essas empresas, já que essas grandes plataformas não tendem a melhorar a produtividade das firmas, apenas tendem a garantir que elas sigam “no jogo”.

Nesse caso, há uma diferença significativa entre as empresas que criam e gerenciam as plataformas e as empresas que fazem uso delas. Enquanto as primeiras conseguem ganhar cada vez mais com sua escala internacional e usabilidade, as diversas empresas que fazem uso dessas plataformas não necessariamente apresentam melhores resultados, mas apenas não são excluídas do mercado devido a capacidade de atender ao cliente da forma personalizada e diferenciada que essas plataformas possibilitam.

Consequentemente, há um limite de renda que será possível transferir das firmas da velha economia (que ainda sustenta o sistema) para a nova economia. Ou seja, as empresas da nova economia também estão sujeitas à Lei dos Rendimentos Decrescentes. Quanto mais empresas estiverem inovando para atender uma demanda personalizada, mais estarão consumindo o mark-up de renda das empresas da velha economia e reduzindo o “estoque existente”.

Por exemplo, imagine que existe uma plataforma de pesquisa de clientes, outra plataforma que permite entregar algum produto via drone, localizada na Califórnia, outra plataforma de pagamento, etc. Em algum momento, uma empresa (restaurante, por exemplo) chegará ao seu limite no qual poderá continuar a custear os serviços disponibilizados pelas plataformas. A figura 1 ilustra esse exemplo. Já as plataformas tenderão, por conta dos efeito rede e plataforma, a ganha mais mercado, já que elas passam a ser infraestrutura necessária para outras empresas. Nesse processo, a tendência é que haja concentração de empresas tanto na velha economia, quanto na nova economia. E isso fica claro quando percebemos a compra de plataformas entrantes no mercado por outras já maiores e consolidadas.

Figura 1 – Gastos das firmas com plataformas e capacidade de escala da nova economia, valores hipotéticos

Fonte: elaboração própria

Essa capacidade de atuar em escala Mundial, podendo uma empresa estar localizada em qualquer lugar do mundo e com investimento em infraestrutura própria relativamente baixa, vem criando espanto sobre as empresas da nova economia (Google, Amazon, Airbnb, Uber, etc.). Elas estão mudando a geografia mundial de prestação de serviços, já que exigem toda uma estrutura especializada, com qualificação e capacidade de inovar e pensar além de sua fronteira. Consequentemente, acabam se localizando nos polos que melhor proporcionam esse ambiente educacional, intelectual e infraestrutura, como América do Norte, alguns países da Europa e Ásia. Já com relação às firmas da velha economia, elas sofrem naturalmente substituição de mão-de-obra não especializada, assim como um aumento na concentração de firmas devido à necessidade de escala e capacidade financeira para fazer uso dessas tecnologias.

Pode-se inferir que haverá cada vez mais perda de emprego para trabalhadores não qualificados pertencentes à velha economia. Assim como a necessidade de se fazer investimentos em educação formal de qualidade (especialmente nas áreas de exatas), ensinamento em linguagem de programação, língua estrangeira e desenvolver capacidade de inferência sobre dados, conforme vem sendo discutido neste blog. Pois, sem esse mínimo, o Brasil não corre o risco somente de ficar sem empresas da nova economia como desenvolvedor e distribuidor, que trazem consigo uma externalidade positiva, mas também de ficar sem empresas competitivas da velha economia.

Alisson Peixoto é Mestre em economia, com especialização em finanças de empresa. Trabalha como consultor na Caixa Seguradora.

Boletim de Serviços – julho de 2017

O Boletim de Serviços de julho de 2017 está no ar, clique aqui para acessá-lo. Alguns dos destaques:

  • O volume do setor de serviços registrou leve aumento de 1,3% em abril na comparação anual, com destaque negativo para os serviços de valor (-6,9%).
  • A inflação de serviços acumulada em 12 meses registrou aumento, chegando a 5,3% em maio.
  • O setor de serviços voltou a apresentar resultado negativo na geração de emprego, tendo destruído 12,1 mil novas vagas.
  • O déficit na balança de serviços seguiu em US$ 2,5 bi. no mês de maio.

Para acessar a metodologia e as séries históricas em excel, acesse: https://economiadeservicos.com/boletim.

Investimentos diretos estrangeiros no setor de serviços

A UNCTAD publicou recentemente o Relatório Mundial de Investimentos 2017. O relatório oferece um rico conjunto de estatísticas e análises sobre o investimento global. Muitos assuntos chamam atenção no documento e dentre eles está o da participação dos serviços no investimento direto estrangeiro (IDE).

Do estoque global de IDE de US$ 25,6 trilhões em 2015, cerca de US$ 16 trilhões estavam alocados em serviços, o que perfazia algo como dois terços do total. Dentre os setores com maiores participações no estoque de IDE estão finanças, com US$ 5,6 trilhões, business services, com US$ 4,7 trilhões, atividades de comércio, com US$ 2,6 trilhões, e telecom, com US$ 1,8 trilhão.

Dos US$ 869 bilhões em fusões e aquisições (M&A) entre fronteiras registrados em 2016, US$ 383 bilhões destinaram-se ao setor de serviços. Em comparação com 2015, houve aumento de M&A em serviços de 25,4%, enquanto que nos demais grandes setores — manufatura e atividades primárias — o aumento foi de 13,5%. Dentre os setores que mais observaram aumento de negócios em M&A estão finanças, business services, entretenimento e transporte e armazenamento.

As estatísticas sobre valores anunciados de projetos de investimentos greenfield mostraram elevação de 14,8% entre 2015 e 2016 nos projetos em serviços , que passaram de US$ 419 bilhões para US$ 481 bilhões. No mesmo período, houve queda de 3% nos valores dos projetos greenfield anunciados em manufatura e em atividades primárias.

Esses números impressionantes refletem a crescente relevância dos serviços na economia global e a crescente atratividade dos negócios no setor. Mudanças do padrão de consumo em favor dos serviços, crescente participação dos serviços na matrizes de custos dos bens manufaturados e primários e avanço da economia digital  sugerem que os serviços provavelmente abocanharão parcela ainda maior do IDE nos próximos anos. Mais do que em outros setores, devemos esperar forte aumento  da consolidação dos mercados de serviços no mundo. Países emergentes devem mirar em como participar ativamente desse movimento na condição de investidores. Aqui, China e Índia já têm algumas interessantes experiências para inspirar outros países.

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