O debate sobre crescimento e competitividade tem dado importância cada vez maior para a inovação com o intuito de explicar o desenvolvimento de atividades de alto valor adicionado, o que tem levado à discussão de formas de se impulsionar o processo inovativo.

Nesse contexto, surge uma nova concepção acerca do papel dos serviços no processo de inovação tecnológica. Mais especificamente, ganham relevância na discussão os Serviços Intensivos em Conhecimento (SIC). Conforme definição da OECD (2006), os SIC são fontes ou portadores de conhecimento que influenciam a performance individual de organizações e de cadeias de valor. Dentro dessa classificação, destacam-se serviços relacionados com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Por aqui, há evidências da baixa competitividade na oferta desses serviços. O gráfico abaixo mostra déficit elevado e crescente da balança comercial do item de Serviços de Comunicação e Informação, o que indica aumento da dependência brasileira de importações para suprir a demanda dos serviços que compõem o conjunto dos SIC.

Em um cenário de baixo crescimento e câmbio desfavorável, o custo relativo dos SIC aumenta significativamente, impondo barreiras para a inovação no setor produtivo. Dentre os desafios que temos nesta área estão os de incorporar mais e melhores SIC no processo produtivo e o de ampliar e tornar mais competitiva a oferta nacional desses serviços.